sábado, dezembro 5

Monopólio ou fortalecimento?

No último dia 4 a economia nacional presenciou o nascimento de mais uma aquisição do grupo Pão-de-açúcar. Depois de comprar o Ponto Frio a companhia do empresário Abílio Diniz adquire agora as Casas Bahia, através da compra de 50% e mais uma das ações ON da empresa. Com isso o grupo pode ter um faturamento de R$ 40 bilhões além de deter cerca de 70% do mercado de eletrodomésticos e bens duráveis.
A aquisição vem por meio do grupo Globex e com toda essa movimentação no mercado nacional verificou-se nesta sexta-feira (04/12/2009) que a cotação das ações do grupo Pão-de-açúcar atingiu R$ 62,66 com um aumento de cerca de 10% em apenas um pregão. O segmento de Diniz que começou como confeitaria já detém o que muitos autores consideram como um monopólio, porém sempre que uma indústria nacional consegue através de acordos favoráveis fortalecer-se no mercado os críticos analisam como um monopólio que acabará por afetar os preços diretamente e atingir o consumidor de forma integral. Diferentemente disso, a formação de grandes grupos na realidade só fortalece o segmento do Brasil no comércio exterior. Durante este ano o Itaú e o Unibanco firmaram acordos, assim como a Antártica e a Brahma, além de Sadia e Perdigão. Nem por isso estes segmentos tornaram-se monopólios e exploraram todo o poderio de sua força econômica.
Além de todos estes pontos é importante frisar que trata-se de uma "Fusão" e não de uma "Aquisição". Com isso as medidas administrativas tendem a mudar sim, mas a classe que atinge os produtos do grupo Pão-de-açúcar continuarão a manter a mesma renda que antes e com isso se o segmento de Abílio Diniz aumentar de forma inescrupulosa os preços, acarretará uma redução concreta na demanda por parte dos consumidores e afetará seu faturamento. Tratando-se de um empresário que detém grandes grupos e que fez de uma confeitaria uma empresa detentora de tanto poderio, não é de se esperar que este acabe por explorar o consumidor, só por deter a maior parte do mercado nacional de bens duráveis, mas sim que este busque trazer uma série de novos produtos e alavanque a qualidade dos bens nacionais do segmento de eletrodomésticos. Portanto aos críticos das grandes fusões que fortalecem a economia no agregado, trazendo inovação a cada setor, fazendo com que as pequenas empresas queiram atingir o patamar do grupo mais forte e para isso tendo que cortar os custos desnecessários e procurar meios de adequar seus produtos a necessidade cada vez maior de consumo, é sim muito bom para toda a economia nacional a Fusão de grandes grupos, e a busca destes por espaços cada vez maiores no mercado internacional.

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