segunda-feira, dezembro 7

De olho na época

Neste momento em que sai o 13º salário da maioria dos trabalhadores e a demanda por viagens aumenta é que as empresas relacionadas a aviação tem de apoiar sua propaganda e seus investimentos. A Gol já anunciou um aumento de quase 50% na demanda só no mês de novembro, com isso a empresa não ficou estagnada e procurou aumentar a sua oferta de assentos, buscando sempre acatar as necessidades de seus clientes da melhor forma possível.
Mas não só os diretores da Gol devem perceber este aumento na demanda e esta oportunidade visível de investimento e publicidade, mas sim os investidores. Com um aumento na demanda de vôos pelos estados brasileiros é muito provável que as ações das empresas envolvidas neste ramo decolem como os aviões destas. Somente no dia de hoje as ações da Gol fecharam com aumento de 5,45%, sendo comercializada a aproximadamente R$26,50.
Outro exemplo desta relação Período do ano e Ações são as ações da Tam (TAMM4) que a 6 meses atrás estavam oscilando entre R$17,51 e R$18,01 e hoje são cotadas a R$33,45 e tendem a atingir um patamar maior ainda se depender dos diretores da Tam, que tem investido muito na empresa e buscado sempre a inovação desta, para se adequar ao mercado nacional de aviação.
Logo, o mercado de ações não é só especulação de papéis e investimento a longo prazo, mas sim todo o desenvolvimento de uma análise do momento financeiro da empresa e dos rendimentos desta, além do crédito que esta possui com os seus investidores.
Desta forma, um bom investidor deve ter em mente toda a chamada Análise Fundamentalista pelos estudiosos de mecanismos para investimento. Observando desde o Lucro da empresa, até a relação de Preço/Lucropor ação, o Índice de Força Relativa, entre outros. Percebendo por meio destes indicadores que uma empresa que busca investimento externo e rendimento líquido tem que se adequar ao período do ano mais favorável para a comercialização de seus bens e fazer com que os investidores da bolsa auxiliem da melhor forma nesse processo, incentivando via capital o investimento por parte da empresa envolvida.

sábado, dezembro 5

Monopólio ou fortalecimento?

No último dia 4 a economia nacional presenciou o nascimento de mais uma aquisição do grupo Pão-de-açúcar. Depois de comprar o Ponto Frio a companhia do empresário Abílio Diniz adquire agora as Casas Bahia, através da compra de 50% e mais uma das ações ON da empresa. Com isso o grupo pode ter um faturamento de R$ 40 bilhões além de deter cerca de 70% do mercado de eletrodomésticos e bens duráveis.
A aquisição vem por meio do grupo Globex e com toda essa movimentação no mercado nacional verificou-se nesta sexta-feira (04/12/2009) que a cotação das ações do grupo Pão-de-açúcar atingiu R$ 62,66 com um aumento de cerca de 10% em apenas um pregão. O segmento de Diniz que começou como confeitaria já detém o que muitos autores consideram como um monopólio, porém sempre que uma indústria nacional consegue através de acordos favoráveis fortalecer-se no mercado os críticos analisam como um monopólio que acabará por afetar os preços diretamente e atingir o consumidor de forma integral. Diferentemente disso, a formação de grandes grupos na realidade só fortalece o segmento do Brasil no comércio exterior. Durante este ano o Itaú e o Unibanco firmaram acordos, assim como a Antártica e a Brahma, além de Sadia e Perdigão. Nem por isso estes segmentos tornaram-se monopólios e exploraram todo o poderio de sua força econômica.
Além de todos estes pontos é importante frisar que trata-se de uma "Fusão" e não de uma "Aquisição". Com isso as medidas administrativas tendem a mudar sim, mas a classe que atinge os produtos do grupo Pão-de-açúcar continuarão a manter a mesma renda que antes e com isso se o segmento de Abílio Diniz aumentar de forma inescrupulosa os preços, acarretará uma redução concreta na demanda por parte dos consumidores e afetará seu faturamento. Tratando-se de um empresário que detém grandes grupos e que fez de uma confeitaria uma empresa detentora de tanto poderio, não é de se esperar que este acabe por explorar o consumidor, só por deter a maior parte do mercado nacional de bens duráveis, mas sim que este busque trazer uma série de novos produtos e alavanque a qualidade dos bens nacionais do segmento de eletrodomésticos. Portanto aos críticos das grandes fusões que fortalecem a economia no agregado, trazendo inovação a cada setor, fazendo com que as pequenas empresas queiram atingir o patamar do grupo mais forte e para isso tendo que cortar os custos desnecessários e procurar meios de adequar seus produtos a necessidade cada vez maior de consumo, é sim muito bom para toda a economia nacional a Fusão de grandes grupos, e a busca destes por espaços cada vez maiores no mercado internacional.

terça-feira, dezembro 1

Vivendi e GVT

Enquanto a Ibovespa atinge a sua máxima depois de 17 meses, a GVT ainda está estampada em reportagens financeiras. Depois do último dia 13 de novembro aonde o grupo francês Vivendi, afirmou exercer a compra da GVT, obtendo cerca de 38% das ações em um primeiro momento e cerca de 20% em opções de compra, pagando R$56,00 por ação, com isso a Vivendi possui a opção de aproximadamente 25 milhões de ações ordinárias (ou seja, ações com direito a voto nas assembléias da empresa) da GVT e alega que exerceu já o direito de compra de 8,5 milhões. No pregão da Bovespa a GVT fechou em alta de 0,53% sendo negociada a R$55,29 com um volume total de R$285 milhões, atingindo quase o maior patamar do dia.
Porém como se sabe o mercado de opções é muito especulativo e não se pode descartar uma possível retração nas negociações, influenciando de forma direta todo o processo. Todo o acionista que tende a observar diariamente seus papéis na bolsa tem que ter em mente a especulação que ja foi causada até agora. Entre abril e maio as ações da GVT estavam sendo negociadas a metade do preço atual, atingindo um índice muito alto em pouco tempo.
Talvez realmente a Vivendi irá adquirir a maior parte das ações ordinárias da GVT e cumprirá seu contrato, porém há de se considerar que o preço das ações que já custaram menos da metade do preço atual em menos de 6 meses, pode cair a níveis pífios e trará uma perda significativa a todos os acionistas envolvidos na empresa. Que até pouco tempo detinham cerca de 36% de ações ordinárias. Portanto um acompanhamento diário das negociações a cerca de tanto capital envolvido (cerca de 7,2 bilhões de reais) não fará mal a nenhum investidor que se preze e que tenha consciência do mercado que está envolvido.